domingo, 28 de outubro de 2012

Dado do jogo do Rapa

  Rapa, Tira, Dá e Põe (Dado do Jogo do Rapa) © coisas da @rca da velha, 2012
Achamo-lo na arca. Não é propriamente uma relíquia ou preciosidade rara. Dados idênticos a este podem ser encontrados em algumas das feiras semanais que povoam o país ao longo do ano, e não apenas nas lojas de velharias e antiguidades, em estabelecimentos de comércio antigos, ditos bazares e mercearias, ou nas chamadas lojas de tradição. Desde há muito disponíveis em feiras de artesanato (particularmente em stands dedicados aos brinquedos tradicionais portugueses, ao entalhe em madeira ou à tanoaria), ultimamente fazem parte também da gama de produtos que podem ser adquiridos em lojas on-line como A Vida Portuguesa® ou a Feitoria®.  Os preços são simbólicos e convidativos, mas a utilidade que se lhes confere já não é a mesma de um brinquedo. Outrora animavam os serões em família, deleitando especialmente as crianças que os utilizavam como dados de sorte em troca de feijões, guloseimas, frutos secos ou mesmo moedas. Hoje são repositórios de memórias recordadas a cada movimento giratório.
[Texto integral brevemente on-line na secção 'Brincos e Joguetes']

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O espírito da coisa… (continuação)

A caixa de recordações de Dominique Bretodeau.


A caixa de Bretodeau - Parte II Disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=Jv7RDIputbs&feature=related

O espírito da coisa…


Não é que o admire particularmente, mas em Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet, 2011) não me deixou indiferente o apólogo que rodeia a caixa de recordações de Dominique Bretodeau. Talvez ilustre melhor o que as palavras não são suficientes para expressar.

A caixa de Bretodeau - Parte I Disponível em:http://www.youtube.com/watch?v=xqdT4aZHxR4&feature=related

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Em jeito de Apresentação: O Louvre, a arca da minha avó e outras velharias



Pirâmide do Louvre (vista do interior), © coisas da @rca da velha, 2011

Coisas da arca da velha são aqueles objetos que acordam as memórias e avivam as emoções.

Arca, © coisas da @rca da velha, 2011
Pequenos e grandes, indispensáveis ou insignificantes, nobres ou triviais, expostos em museus ou conservados no pó dos sótãos ou talvez resguardados nas arcas das nossas avós, tias, madrinhas e afins, só existem de facto se nos lembrarmos deles, se os observarmos, se os manusearmos, se os questionarmos:
“O que é isto?”
“Como é que esta geringonça funciona?”
“Quem se lembrou de guardar tanta tralha?”
“Isto presta? Hum… Guardo ou queimo?
E lá estão… Tarecos e tarecas de todos os feitios e materiais, cobertos de pó, ferrugem e outros óxidos, envolvidos em teias de aranha ou povoados de carunchos, gorgulhos e outros bichos da madeira – estes, sim, dão-lhes alguma utilidade –, amontoados em lojas de velharias, pendurados uns nos outros, quais instalações artísticas… Afinal, a arte está onde os olhos a querem ver. Às vezes espanta, às vezes choca, tantas vezes passa despercebida.
Nisto, a quinquilharia que o tio-avô do meu pai se esqueceu numa lata – e digo esqueceu porque, se a morte fosse um ato inconsciente, ele tê-la-ia levado consigo – é tão digna como as relíquias dos museus. Era importante para ele, foi acarinhada pelo meu pai, confesso que me desperta alguma curiosidade. E depois? Por este andar duvido que mais alguém volte a pegar na lata. É tal e qual os museus cujas coleções são protegidas pelos seus curadores, valorizadas por meia dúzia de seguidores, visitadas por meia dúzia de fãs. E depois?
Nisto, tanto faz falar da meia dúzia de centenas ou milhares de visitantes que todos os dias entram no Louvre como daquela meia dúzia, sem tirar nem pôr, que semanalmente transpõe a porta do pequenino Museu Municipal de Estremoz, sem desprimor para este último, posto que cada um, à sua dimensão, tem sempre significado para alguém. Mas nenhum dos dois o tem, da mesma forma, para todos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Quem somos:


coisasdaarcadavelha.blogspot.com tomou de assalto as arcas das nossas avós e agora quer bisbilhotar em tudo o que são sobras materiais do passado. Pelo menos daquelas que deixaram vestígios nas nossas recordações. Não queremos impingir velharias a ninguém, não vimos da parte de antiquários ou alfarrabistas, não somos colecionadores nem conservadores de museu.
Embora tudo isso nos interesse, apreciamos muito mais a poeira e o cheiro a mofo que envolve a sensação de descoberta de um objeto perdido no tempo. Enfim, não nos satisfaz o que vem nos dicionários, nas enciclopédias, nos livros de curiosidades ou nos catálogos de peças em exposição nalguma parte do mundo.
De lupa em punho e máquina fotográfica ao pescoço, vamos à procura desses artefactos. Quais caçadores de tesouros… Vamos recuperá-los, examiná-los, escrutiná-los, apresentá-los e, por fim, devolvê-los à dignidade a que todos aspiramos: o não esquecimento, a eternidade.
Somos um projeto de equipa. Mas não sabemos tudo nem ambicionamos descobrir em absoluto o que rodeia os objetos que serão apresentados ao longo do tempo. Daí este blogue pretender funcionar também como um espaço de partilha, colaboração e introspeção. Queremos que nos visitem, que nos leiam, que nos critiquem. Mas também que participem ativamente nesta plataforma de troca de conhecimentos e experiências, elegendo os vossos objetos de culto, as coisas de que jamais abririam mão, narrando os resultados das vossas buscas e pesquisas, sejam estas empreendidas em arquivos, bibliotecas e museus ou em contentores do lixo - atenção, que são autênticos recetáculos de inutilidades valiosíssimas… -, ou simplesmente partilhando as vossas memórias.
Contactem-nos através do endereço: cousas.arca.velha@gmail.com

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Por enquanto a arca esta fechada!

Este blogue está ainda em construção. Em breve daremos notícias e apresentaremos alguns conteúdos. É uma questão de dias.