Scriptorium


Caneta de aparo, © coisas da @rca da velha, 2011


Scriptorium
Nos mosteiros medievais, era uma das secções à parte do desígnio eminentemente religioso do monaquismo cristão. Imaginamo-lo como um nicho da cela dedicado à escrita, uma reentrância do claustro onde o monge copista realizava o seu trabalho solitário ou uma longa sala de trabalho coletivo, porém, realizado individualmente e em quase absoluto isolamento. No seu interior, o mobiliário característico, os instrumentos de escrita e de preparação das tintas e dos suportes, os equipamentos de encadernação, os manuscritos, as obras originais e as suas cópias. Na realidade, pela quantidade de obras que transportaram da Antiguidade aos Tempos Modernos, tais espaços funcionaram como a primeira multinacional da atividade escrita. O advento da imprensa acrescentou-lhe os primeiros efeitos da mecanização, divulgou as obras e os seus autores, aumentou a literacia, promoveu a escolarização, disseminou a essência da escrita e dos papéis em tudo o que é atividade sócio-económica e também nos lares. O que aqui se propõe é um olhar sobre o recheio do escritório, o local de trabalho da escrita, antes da sua automação. 




Coleção Coisas da @rca da Velha:
A apresentar brevemente.